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A lenda da piranha terrestre

por Nhex, Domingo, 23.12.18

Como é que é maltinha? Quero ver esses braços no ar para uma nova publicação. É verdade, hoje lembrei-me de mais uma lenda vinda diretamente das Berlengas. Em ano de celebração dos 10 anos do Fumar Orégãos, parecia de mau gosto não vos dizer nada. Sim, a vocês dois leitores imaginários que eu tenho. De qualquer forma, não é a quantidade mas sim a qualidade dos nossos relatos da vida real, que vos mantêm na esperança de ver novos conteúdos neste blog informativo. Sem mais demoras, vamos ao tema em questão.

Segundo estudos científicos, tipo da National Geographic e assim, reza a lenda que as piranhas são um bicho aquático. Um peixe aterrador, que insiste em ir a um péssimo dentista e que claramente se esquece de tomar os comprimidos para a azia. Estão a ver qual é certo? Agora que já deixamos esta abominação para trás, está na hora de falar de uma das maiores provas da evolução que existe no mundo. A piranha, algures numa migração da Amazónia para a América Central, evoluiu para andar na terra. O primeiro caso comprovado aconteceu no México.

Esta nova piranha, a piranha terrestre (terrestrus pirae), foi adotada pelas tribos indígenas como um deus. Isto aconteceu sensivelmente em 898 DC, quando os vikings assolavam a Europa, as piranhas conquistavam a América. Com ela se juntaram mais, como é hábito num animal que está habituado a viver em cardume. A partir daqui a conquista foi um dado adquirido, até que chegaram os portugueses e espanhóis e, face ao poderio e jogo sujo destes povos, a piranha teve que se adaptar. Hoje em dia podemos ver esta espécie em toda a parte, fazem-se passar por animais de estimação, enquanto aguardam pela oportunidade de novamente, assumirem a dominação mundial. Se ainda não sabem do que estou a falar vejam por favor a imagem abaixo.

 

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Parece mentira, mas estamos cá há dez anos!

por Nhex, Domingo, 01.04.18

 

 

Há dez anos atrás, um jovem que tirou "9" no exame nacional de português, começava a escrever um blog porque tinha chumbado a Matemática e tinha que repetir a disciplina. Há dez anos atrás, esse jovem, tinha duas aulas por semana e estava numa encruzilhada gigantesca. Esse jovem que escrevia com "k", sem hífens e mesmo muito muito mal. Foi graças a uma emigração forçada, de Esposende para o quadrante 42 das Berlengas e com a ajuda de um pombo correio e de um duende chamado Alfredo, que esse jovem recuperou a sua língua (mesmo que às vezes a potuação seja tipo José Saramago, mas ele é que foi Nóbel da Literatura). 

Dez anos volvidos e o Fumar Orégãos ainda aqui está. Mesmo que muitos pensem que se foi embora, o Fumar Orégãos vai sempre existir enquanto eu, o alfredo e o nosso batalhão de pombos correio (sim, agora somos corporate) aqui estivermos. Chega a altura de olhar para trás e fazer uma retrospectiva deste verdadeiro canto lírico que é a nossa obra.

Em 2008, tinha de repetir matemática e tinha acabado de sair da minha banda de Heavy Metal, não sabendo bem o que ia ser a minha vida. Então decidi fazer um blog para contar as minhas histórias. Comecei por contar histórias sobre pandas polares e ursos tropicais, comecei a denominar as minhas espécies em latim (como é óbvio) e a contar todas as diarreias mentais que me ocorriam, sobretudo influenciado por tantas pessoas que na altura faziam parte da minha vida. Não é lamechas é mesmo assim, essas mesmas pessoas que foram inspiração para o meu humor nessa altura, ajudaram-me a fugir da depressão juvenil quase certa. Pessoas como as da minha turma de matemática, que me ajudaram bastante naquelas horinhas de estudo nas aulas de apoio, pessoas da minha família que ainda hoje me dão quinze a zero em qualquer desgarrada de piadas, pessoas que me eram próximas e afastadas que com pequenas frases me foram ajudando a criar enúmeras personagens. Pode-se dizer que é graças ao mundo que tinha em redor que as coisas começaram a sair. Umas vezes às custas de José Sócrates, outras às minhas próprias custas.

Querem saber a melhor? O zero a matemática, que foi um sortudo nos últimos colegas e professores de secundário que lhe calharam, entrou num curso de engenharia. Bem, o que é que eu fui fazer à minha vida. O contexto, último colocado da minha última opção, o local, Tomar, a instituição, Instituto Politécnico e Tomar. E que montanha russa foram esses anos. Cinco anos numa licenciatura pós-Bolonha (sim chumbei, queriam o quê?). Em Tomar aprendi o que era gerir o meu dinheiro, a reivindicar os meus direitos perante regras conservadoras e sobretudo aprendi a sofrer. E nada melhor do que sofrer com todos os colegas e amigos que também fiz nessa grande aventura. Cinco longos anos que passaram a correr. Levo fantásticas histórias, desde os meus amigos que decidiram levar um sinal da rua para casa, porque se lembraram que não tinhamos um caixote do lixo na cozinha (sim sinal tinha um caixote e, dado importante, foi tudo devolvido em condições). Ao projeto final de curso, que a a duas semanas do prazo de entrega, decidiu finalmente começar a funcionar. Até hoje acredito piamente que houve intervenção divina (Bill Gates ou assim). Tenha sido o que for, eu e a minha colega de grupo sofremos de stress pós-traumático durante largas semanas.

 

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Posts como os que contam os confrontos entre M&M's, sairam de longas histórias onde "só iamos tomar café". Mais uma vez, o mundo e as pessoas em redor influenciaram a minha obra literária. Aprendi terminologias açoreanas, o que era a gastronomia madeirense e que havia pessoas que não gostavam de bolo de chocolate, enfim, foi uma experiência para a vida.

No lusco-fusco do final de curso, a procura de emprego foi acompanhada com os canecos bem acompanhados da malta cá da terra. Seis longos meses até finalmente ter conseguido enganar alguém com o meu currículo. Estou a brincar, foi tudo mérito (cof). Esses meses apenas se conseguiram passar mais uma vez com pessoas, que entre copos e conversas até me ajudaram a criar algumas das minhas publicações. Isso e a jogar bomberman na Nintendo Wii até às sete da manhã. Não me posso também esquecer da vez que destruí o microondas da minha mãe graças a uma dessas noitadas (obrigado mãe!).

Como todos os outros ciclos, os da água e os das escolas preparatórias, esta fase de transição também acabou. O jovem tornou-se adulto e arranjou emprego. Mesmo assim, continua a dar atenção, sempre que pode, ao seu catinho da imaginação. O adulto, procura agora casa em Lisboa para viver com a sua namorada, de referir, que graças a ela e a um almoço de família, um dos meus posts favoritos, o "Zero Zero Febra", foi criado. Como devem já ter percebido pelas notícias, encontrar uma casa em Lisboa é tipo encontrar razões para andar de calções no Inverno. Agora que o jovem se tornou adulto, será que cresceu realmente? Eu na verdade não gosto de rótulos mas prefiro as pessoas que me chamam estúpido. Com isto, um muito obrigado aos meus dois leitores, mas agora tenho uma redação com bolo e champanhe prontos para festejar.

 

 

 

 

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por Nhex às 01:54

O grande franchise português

por Nhex, Segunda-feira, 18.04.16

Olá, está tudo bem? E assim começa a típica conversa de quando começamos a falar com alguém a quem vamos pedir algo. Pois bem, não é sobre a arte de comunicação na Internet que eu venho falar hoje. Como já devem ter reparado, todas as minhas maiores teorias certezas  estão relacionadas com comida. Hoje não é diferente, porque a comida faz disto mesmo. Nunca ninguém disse: "estava a engraxar sapatos com os meus amigos enquanto combinávamos a revolução", ou então:  "O assassinato do presidente foi planeado enquanto jogávamos à malha". Por favor, toda a gente sabe que é à volta de uma mesa com comida e bebida que estas coisas se decidem. 

 Hoje venho falar do mais obviamente bem guardado segredo da restauração portuguesa: O doce da casa. Ninguém sabe onde surgiu exactamente mas é uma das maiores histórias de dominância de mercado que o mundo já conheceu. Já repararam que em qualquer restaurante, está lá aquele docinho que tem leite condensado, natas e bolacha Maria? Maria se estás a ler isto não leves a peito, está bem? Se repararam, muito bem, se não repararam fiquem lá no vosso restaurante de hotel com cinco estrelas. Este doce não é inocente, este doce conta muito mais do que um simples "Há em todo o lado". Quem o terá confeccionado primeiro? Onde terá aparecido? São ambas questões válidas, mas eu vou-me focar naquela para a qual tenho resposta, o porquê.E o porquê é muito simples, todos os restaurantes típicos portugueses são na verdade o mais antigo franchise sediado em Portugal (tecnicamente o Pingo Doce é holandês).

Não se acreditam? Pensem bem. Os empregados têm a seguinte disposição: O senhor de bigode que percebe mais sobre salas de jantar do que os nossos cantores pimba percebem de azeite. O sujeito que está ao balcão, manda muitas piadas e já tem a garrafa de bagaço tão bem treinada, que até serve o "cheirinho" sozinha. A senhora que serve os cafés e resmunga com toda a gente. Estereótipos? Nada disso, é um simples caso de normas corporativas. Ainda não se acreditam? Pois bem, vamos lá continuar. As azeitonas são sempre aquelas meio verdes, meio escuras e os copos de vinho não enganam ninguém. As refeições são acompanhadas do arrozinho, ou da batatinha. Para os mais saudáveis há sempre a saladinha mista regada a azeite e com duas azeitonazinhas. Está difícil convencer os leitores, então e já pensaram bem nos nomes? "A tasca da Tina", "A adega do Zé Vítor", todos com a assinatura "Comida típica". O nome é na verdade a assinatura, o resto é apenas para que os ilusivos donos consigam desviar  a atenção para o gerente do estabelecimento. Isto é bem maior do que a própria Maçonaria, estas pessoas estão ao nível daquelas que aparecem nos Panamá Papers mas de que nunca ouviremos falar. Mas se tudo isto não vos é suficiente, pensem uma vez mais no final da refeição, quando não sabem bem o que querem para sobremesa, mas faz parte do menu. Sim, isso mesmo, o Doce da Casa. É a maior prova de como vivemos uma grande mentira gastronómica. Porque razão chamariam Doce da Casa, a uma sobremesa que claramente é feita da mesma forma noutros restaurantes? A resposta é só uma, o doce é o mesmo e a casa também.

 

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por Nhex às 23:25

Este post é falso, só que não...

por Nhex, Sábado, 12.03.16

Antes de mais queria que percebessem que sou um individuo que não tem vergonha do que escreve, tipo, a sério, leiam o meu blog. Já leram tudo? Ok, ainda bem. Mais do que isso, confio que os meus leitores (esses dois ou três) consigam ver mais do que a superfície, num tema que pode ser realmente fútil. Assim, talvez consigam perceber aquilo que vos trago hoje. É muito simples, este post é tão falso como verdadeiro e se alguma vez este blog tivesse uma secção desportiva, muito provavelmente este seria o não-desporto rei. Ainda não perceberam do que estou a falar? Repararam na imagem desta publição? Não? Então já lá chegamos. Vamos começar.

A história de hoje, leva-nos até ao  ano passado, quando comecei a investigar a personagem criada por Randy Poffo, conhecida como "Macho Man Randy Savage" (fixem os nomes, são todos a mesma pessoa). Eu sei, o nome é sexista, e tudo menos politicamente correcto. Surgiu numa altura em que ninguém se sentia ofendido por coisas tão inofensivas, o que pensando bem nos leva na verdade aos anos oitenta, ou noventa do século passado.  "Mas ó meu caramelo, tás praí a falar do quê?" Perguntam vocês. E muito bem. Ora, este senhor era aquilo que no mundo do não-desporto se chama  de wrestler, aqueles sujeitos americanos que se vestem de tanga, ou collants e "lutam" entre suor e lágrimas por um cinto.  Sim, homens sem calças que lutam por um cinto (obrigado 9GAG).

Como já disse, estamos aqui para falar da personagem, não do atleta. Até porque se eu começasse a escrever sobre um qualquer tipo de exercício físico, acabava por ir buscar as minhas bolachas do Mini Preço. Como não estamos cá para isso, vamos começar pela minha admiração sobre o génio escondido de um homem que passou a sua carreira profissional a executar complexos "movimentos acrobáticos". Randy Savage não desarmava a sua postura em nenhum momento, ele sabia que era polémico, ele improvisava quando os seus patrões lhe diziam que não o podia fazer, ele espalhava o caos num ambiente que era controlado até ao mais pequeno detalhe. Randy Savage era primeiramente um entertainer antes de ser um atleta e, da mesma forma que admiro muitos atores, políticos, personagens históricas e outros anormais que me fazem parecer alguém mais culto e inteligente, admiro também este senhor. Ok, já sinto o julgamento, "mas ó seu parvalhão, tu que parecias um moço inteligente, estás para aqui a falar de wrestling?". É verdade, estou mesmo, nunca pensei que me iria acontecer mas a verdade é esta. Se conseguimos reconhecer o génio em "artistas" que pintam um risco na parede, não vejo inconveniente em reconhecer o génio em alguém que era mestre do improviso, que tinha um humor muito característico e que se tornou um ícone naquilo que fazia. 

Já referi, que desde o ano passado,  tenho investigado esta personagem. O que me cativou foi a forma como a loucura transmitida se transforma facilmente em inspiração, e quando falo em inspiração, falo daquela que me leva a escrever coisas como o "Bimbynator", ou fábulas nas Berlengas. Randy Savage poderia facilmente ser uma das personagens deste blog. Mais do que palavras e acreditem, o vocabulário de Randy Savage é bem melhor do que isto, acho que devemos sobretudo ficar com imagens daquilo que era o Macho Man. Sem mais demora deixo aqui um "bochecho" da sua enorme capacidade de comunicação:

 

 

Este era um homem, que eu acredito, poder ser lançado para um palco, com o objetivo de falar sobre o manual de instruções de um xilofone e transformar o evento, no maior espetáculo de stand up alguma vez visto. Por vezes encontrámos referências nos sitios mais improváveis, mas é para isso que a Internet serve, certo? A verdade é que muitas das suas monumentais frases ficam no ouvido. Randy Poffo deixou este mundo em 2011 mas eu acredito que Randy Savage vai ficar cá para sempre.

 

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A queda sem ascensão do Nerd Clássico

por Nhex, Sábado, 13.02.16

ಠ_ಠ ( ︶︿︶) É láá, desculpem, estava a fazer caras enquanto isto não arrancava. Hoje trago-vos um texto documental, que surgiu depois de eu ter oservado o ambiente de trabalho numa empresa tecnológica. Tendo em conta o cenário apresentado, chega o dia de procurar aquela pessoa que viu todos os filmes da saga Alien, que jogou World of Warcraft até se ver obrigado a fazer uma sessão de alcoólicos anónimos, que guarda com boas memórias os tempos em que carregava o Doom no DOS, ou se orgulha de ainda ter o seu Spectrum. Quando chegou esse momento, essa pessoa não apareceu (só mais tarde, por agora precisamos de drama).

Calma, calma! Peço perdão, mas tirei eu um curso de Engenharia Informática, com todo o fanatismo por estes temas para quando chego ao mundo do trabalho, não encontrar praticamente nenhum estereotipado como eu? Isto não me deixou chateado, deixou-me sim intrigado. É importante saber, em, que ponto da história o informático deixou de ser o "Nerd" e passou a ser aquela pessoa que vai ao ginásio, que deixa de fazer visitas virtuais a museus, que bebe Gin à noite e tenta dançar, em vez de uma boa dose de Red Bull e café para conseguir aguentar a maratona de uma Lan Party.

 Provavelmente até nem é importante saber isto, mas precisava de uma introdução fixolas para a minha teoria sobre a queda sem ascensão do Nerd Clássico. Depois de uma intensiva pesquisa de dois minutos, em que decidi que o título do meu próximo post seria este, comecei a tirar as minhas conclusões. São três pontos de viragem, que alteram o paradigma de como um informático vive a sua vida.

 O primeiro ponto de viragem na postura introvertida, das pessoas envolvidas em tecnologia, data de 1994, quando Bill Gates decidiu a meio de uma entrevista, saltar por cima de uma cadeira. Não sabem do que estou a falar? Provavelmente não, mas podem encontrar mais detalhes neste endereço (sim é uma hiperligação)... Ok, vou dar mais um tempinho... Estejam à vontade, vejam com atenção o majestoso salto do senhor Gates. Estamos prontos? Porreiro. Este é o primeiro ponto de viragem, porque é aquele que incute a motivação necessária para que quem é sedentário decida fazer alguma coisa em relação à sua actividade física. Estamos a falar do Deus supremo da tecnologia, é normal que este evento ainda hoje tenha repercussões positivas na comunidade. Deixo-vos ainda uma pergunta, já tentaram saltar por cima da vossa cadeira de escritório hoje?

 Não podemos falar de Bill Gates, sem falar de Steve Jobs. Isto leva-nos ao segundo ponto na evolução extrovertida do Nerd Clássico. O homem era um comunicador nato, podia até apenas saber como se carregava um iPhone e apenas com isso vender milhões de unidades. Isto foi absorvido por milhões de pessoas atentas, que nos levou a um novo patamar da evolução que aqui relatamos. Foi a partir daqui que todos começamos a fazer apresentações fantásticas sobre como o nosso código fonte funcionava e a passar a cadeiras à tangente. Ao ler este parágrafo, começo a aperceber-me que muitas pessoas me podem odiar... O que me dá alento e uma ténue sensação de segurança, é estar nas Berlengas e escrever em português. Toda a gente sabe que mal temos dinheiro para pagar as contas, quanto mais comprar produtos da Apple. Qualquer ofensa que possa ser sentida em relação ao senhor Jobs vai certamente passar ao lado, porque acima de tudo, além das razões apresentadas anteriormente só a minha mãe é que deve ler isto. Com sorte o duende Alfredo faz a correcção dos erros. Mais do que este cenário é puro sucesso.

 Para o meu terceiro e último ponto, não me acredito que a simples pesquisa "famous drunk engineers" me tenha dado a maior pérola desta publicação. Já ouviram falar do senhor Bob Widlar? Não? Ainda bem, porque o pouco que li dele na Wikipedia merece ser aqui replicado. Este senhor foi um pioneiro dos circuitos integrados e todas essas partes mais aborrecidas de ser um engenheiro/génio. Não nos podemos esquecer que estamos apenas a falar das questões de personalidade. E se os nossos anteriores alvos, são titãs, posso garantir que não são nada ao lado deste senhor. Ao que parece, Bob, bebia que nem um campeão e por diversas vezes a bebida transformava-o num lutador. Consta também que não era grande Rocky Balboa. Podemos assumir isto como o dançar moderno, afinal de contas estamos a falar dos anos sessenta. O que é mais incrível, e acompanhem-me nesta (por favor?), é que uma das histórias deste senhor vai convenientemente de encontro à minha descrição do Informático moderno. Numa palestra na Europa, Bob recusou-se a continuar o seu discurso enquanto não lhe servissem mais Gin, sim, Gin. Confirmando assim o triângulo das bermudas do Nerd Cássico, muitas vezes associado às áreas dos sistemas de Informação.

Lançadas as fundações, quis o destino que o informático evoluísse e com ele evoluísse também o Nerd Clássico. Chamem-me um romântico mas ninguém me tira uma boa noite de jogo com amigos, nem uma boa maratona da saga Alien, até podem incluir aquelas duas aberrações chamadas Alien vs Predator.

 

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Bob Widlar @hackaday.com

 

 

 

 

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Zero Zero Febra!

por Nhex, Segunda-feira, 17.08.15

Há uns dias, em tom jocoso, publiquei numa conhecida rede social (o HI5) o seguinte: "Quando os vossos secretos de porco preto demoram a chegar à mesa é porque provavelmente estão a interrogar um frango.". Desde então tenho estado a pensar,  se isto é, na verdade, aquilo que acontece. A única forma de provar o que foi dito, é criando uma teoria fortemente alicerçada em factos inegáveis, pelo que a investigação começa agora. E sim, já sei o que estão a pensar: "Falas tantas vezes de comida que isto mais parece um blog do Gordon Sá Pessoa". Pensamentos à parte, a história que vos trago hoje é, mais uma vez, jornalismo no seu mais puro estado.

Para quem pensa que esta teoria da conspiração é uma história recente, temos de voltar atrás no tempo, especificamente, a 18 de Setembro de 1947. O que aconteceu a 18 de Setembro de 1947? Bem, nascia uma organização irrelevante e que pouca gente conhece por esse mundo fora, a CIA (Central Inteligence Agency). Provavelmente nunca ouviram falar porque eles são uma agência secreta americana e passam a maior parte do tempo no médio oriente (onde a carne do animal aqui tratado não é consumida). E o que acontecia paralelamente no nosso país? Estavam certamente em construção edifícios que eventualmente teriam uma churrasqueira em funcionamento. E o que se faz nas churrasqueiras? É costume fazerem churrasco, também já vi umas com saladas, mas, acima de tudo estão dotadas da capacidade de, fazer  treinar secretos de porco preto . Esta é a nossa primeira prova. Mas não saiam do vosso lugar, esta investigação continua.

Para a nossa segunda prova, temos que voltar ainda mais atrás no tempo, mais precisamente, ao Japão feudal, onde toda a gente andava à "katanada" com toda a gente. Foi também nesta era, que foram criados os mais famosos agentes secretos/assassinos da história conhecida. Eles são nada mais, nada menos que os poke... os ninjas. Os ninjas eram aqueles senhores que se vestiam de preto e trepavam aos telhados das casas das pessoas para lhes limpar a sala, a privacidade e às vezes a vida. Mas isso já são rumores. Quem é que se veste como os ninjas? O porco preto. Para quem não sabe a carne de porco é a carne mais consumida no Japão e ainda mais interessante é o facto de existir uma espécie de porco preto registada como Kagoshima Kurobuta. Agora que implodi os vossos neurónios, arranjem um tempinho para respirar, porque ainda falta a prova mais reveladora.

O Kagoshima Kurobuta é na verdade, e se as minhas fontes não me falham, uma espécie importada da Inglaterra que se dá pelo nome de Berkshire. Um porco desta espécie é também o antagonista no livro de George Orwell "O Triunfo dos Porcos". E porque é  este dado é importante? Bem George Orwell, pelos seus ideais esquerdistas, foi investigado pela policia secreta espanhola e formalmente acusado de espionagem num tribunal espanhol a 13 de Julho de 1937, pelo envolvimento do movimento "trotskista" a que pertencia, na guerra civil espanhola. Antes que me esqueça, George Orwell nasceu curiosamente na Índia, onde esta carne não é também muito apreciada.

Ainda não acreditam que os pedaços de carne aqui investigados, não andam, secretamente, ao serviço de sua majestade (ou não), por esse mundo fora a entregar frangos ao KFC e a escravizar vacas para a Mimosa?

 

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Dizem que esta é a única peça de roupa que usam. 

 

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por Nhex às 22:44

Bimbynator?

por Nhex, Segunda-feira, 02.02.15

 

Não sei se repararam, mas, esta publicação começa com uma linha em branco. Sou tão hipster... Deixemos então a literatura experimental e vamos lá ao que interessa. Hoje, vou falar sobre o fenómeno Bimby e toda a malevolência envolvente por detrás da história deste utensílio de cozinha,  ou, microondas, ou, forno, máquina de fazer pipocas? Certo, eu sei pouco sobre esta criatura, mas sei o suficiente para vos contar a próxima grande história do jornalismo mundial.

Esta máquina, ao que parece, faz mil um tipos de refeições com o mínimo esforço possível para quem a manuseia. A mim parece-me muito bem... Ou será que parece? A cada nova versão, novas funcionalidades: ecrã táctil, lâmina trituradora indestrutível melhorada, upload de receitas, raios laser etc... 

A verdade é que, a longo prazo, o plano é fazer com que o máximo número de pessoas no mundo a adquira. Porquê? Porque, assim é possível retirar a capacidade de cozinhar sem auxilio ao ser humano. E quando essa capacidade estiver reduzida a um ou dois estudantes universitários, as máquinas atacam. E atacam simplesmente não fazendo nada, obrigando o mundo civilizado a passar fome, ou a comer ramen do LIDL. Guerras começam pela comida da avó e muitos outros desastres consequentes da estupidez humana.

Mesmo assim, nem tudo está perdido. Sabendo do perigo iminente, a resistência à dominação mundial é imposta no preço do produto, porque esse "nós" ainda podemos controlar. Apesar de tudo a sua prima mais nova "Yammy" está aí para dar uma ajuda, é mais barata dizem.

Resta-me apelar à calma e tenham cuidado com os robots de cozinha (sim há quem lhes chame isso). Para terminar apostaria num filme sobre o assunto. Algo que apelasse à sensibilidade humana, protagonizado por Arnold Schwarzenegger.

 

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por Nhex às 18:46

E num assunto não relacionado...

por Nhex, Sábado, 29.11.14

"Nobody knows it but you..." Ah maldição! chegaram mesmo no momento em que eu cantava os hits românticos dos anos noventa... E se acham que era escusada esta entrada, se calhar até têm razão, mas, aqui eu posso fazer tudo. Só não posso dobrar o tempo e o espaço. O tempo, porque sou constantemente lembrado que uma cópia de segurança foi gravada a "x" horas. O espaço, porque não dá jeito dobrar uma página de um blog a não ser que ela esteja imprimida.

Esta semana foi forte em emoções para o povo português. O cante alentejano considerado património imaterial da humanidade, o Sócrates detido e o Alfredo ganhou os cem metros barreiras das Berlengas. Adivinhem qual é para mim a mais importante? Vou deixar "alguns" parágrafos para vos deixar pensar.

 

 

Pois claro, o nosso Alfredo, vencedor dos cem metros barreiras das Berlengas. Completou a prova em setenta e três horas e meia. Isto porque, estas barreiras, não são umas barreiras quaisquer. 

A prova é constituída por quatro obstáculos especialmente desenhados. São eles, o campo magnético, o monte de alho francês, um grupo de fãs do Luís Represas e a barreira linguística. E como funciona cada uma destas provações é o que vou explicar de seguida.

Começando pelo campo magnético, os atletas necessitam de recorrer a dois ímanes e três canetas de acetato além de também ignorar todas as leis da física para prosseguir. No monte de alho francês os atletas têm que perceber que, isto é uma prova a sério e não uma qualquer festa de São João no Porto. O belo grupo de fãs do Luís Represas. Basicamente trata-se de um grupo de pessoas que pensa que o homem participa na prova e assim ocupa a pista deliberadamente. Por fim, a barreira linguística. O derradeiro obstáculo, especialmente personalizado para cada atleta em prova. Este consiste em estabelecer conversação, para indicar a mercearia mais próxima, a um falante de uma língua estrangeira. Para o Alfredo, foi escolhido um gajo português. O Alfredo é um duende (se não sabiam, façam uma pequena pesquisa, nós somos a nossa própria Wikipédia...) e não fala português. Arranha no mirandês e a gente entende-se pelo tradutor do Bing. Ou seja, após dois minutos de prova vieram os próximos quatro mil quatrocentos e oito. A verdade é que o Alfredo conseguiu dar a volta à situação porque leu sinais de trânsito suficientes para conseguir dar indicações. E assim foi, venceu a prova com horas de avanço do segundo classificado, que teve que falar com um daqueles cães que parece que dizem palavras.

 

Se depois disto a pergunta que fica é: "porquê os números por extenso?" A minha resposta é: porque fica mais chique...

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por Nhex às 01:30

Ah! Seu camarão...

por Nhex, Sábado, 15.11.14

Ora boa noite, ou será mesmo boa noite? Será que eu não programei a automática para esta hora? "Uou illuminati" - está a pensar quem lê isto (as três pessoas que lêem isto quero eu dizer). Nos últimos tempos, tenho lido sobre uma espécie de camarão cósmico, que parece quase saído de um filme de animação da Disney. O raça do bicho tem receptores para dezasseis diferentes cores, nós, míseros mortais temos apenas três. Conseguem imaginar uma cor que não existe? Além disso é capaz de desferir um golpe com os seus ganchos frontais a uma velocidade absurda. Basicamente, espeta uma galheta como quem dá um tiro. Grandes referências como o The Oatmeal falam sobre tudo isto e muito mais, mas nós aqui sabemos sempre mais qualquer coisinha... Antes que me esqueça, o nome desta criatura é algo tipo Estomatópode, mas vamos apenas ficar por camarão (até porque eu nunca sei em que português está escrita a Wikipédia).

Como eu estava a dizer, o que as pessoas não sabem é que a elevada capacidade de visualizar cores e a aptidão para o pugilismo, levaram alguns destes animais ao topo da nossa sociedade. Conhecem aquele livro que tem tipo muitas cores? O Pantone ou lá como se chama... Bem esse livro não é sobre cores. Aquilo é na verdade um romance escrito por uma destas criaturas, mais concretamente o Alcides Pantone. Sobre o que é o romance ninguém sabe ao certo, apenas se sabe que é mais colorido que os do Nicholas Sparks...

E a primeira rixa num jogo de matrecos? Um camarão conhecido apenas como, Tino, encaixou um desses fantásticos socos, bem no queixo de um outro espectador. Isto aconteceu porque Tino reparou que o outro cavalheiro estava a comer uma sapateira recheada que ele conhecia desde a infância. Tudo se passou no Café Real e escalou para os jogos do Marinhas em casa. A pré-história do hooliganismo, que nos assola até os dias de hoje.

 

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Sim, é isto.

 

 

 

 

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Ar de Rock e pinguins.

por Nhex, Segunda-feira, 19.05.14

 Lembram-se do Salazar? Certamente já ouviram falar sobre esse sujeito. Ora, durante o Estado Novo o Povo Português vivia numa gigantesca repressão cultural. Como tal, apenas anos mais tarde foi possível o aparecimento das nossas bandas de Rock n' Roll. Ou, terá sido mesmo assim?

 Hoje, conto-vos a inacreditável história da primeira banda de Rock Português. O Alfredo, o nosso duende residente, encontrou no outro dia, ali na praia do Carreiro do Mosteiro, um diário muito estranho e decidiu estudar o seu conteúdo. Como resultado, chega-nos a saga de três homens e um pinguim albino, que, foram os pioneiros da música contemporânea em Portugal.

 Tudo começou em 1962, quando um dinamarquês de nome H. C. Andersen naufragou ao largo do nosso místico arquipélago. Resgatado por dois pescadores, prontamente foi questionado sobre as suas intenções. Estes homens pertenciam à PIDE, também conhecida por: Pescadores Internacionais de Esposende. Na verdade, só queriam saber o que andava este tolinho a fazer por ali naufragado. Continuando... Andersen viu num atlas a bandeira do nosso país. Quando reparou, que, o nosso vermelho tinha um tom mais agradável que o vermelho dinamarquês, decidiu trocar de país. Ou pelo menos, é o que diz no diário. Ora temos dois pescadores portugueses e um naufrago dinamarquês. Toda a gente sabe que essa é a receita para o sucesso.

 Recebido no abrigo que os pescadores tinham na ilha, Andersen começou por conhecer os homens que o acolheram. Mais tarde é que decidiu que se calhar devia também aprender a falar a nossa língua. Luciano Parvalheira e André Aboxéliu eram dois jovens pescadores que passavam noites a beber vinho tinto do bom, a tocar guitarra e a cantar. Andersen não ficou indiferente, ele sabia tocar o exótico instrumento que era a bateria. Talento puro, foi o que ele pensou. Eis que num desses serões, o dinamarquês pronuncia as suas primeiras palavras em português: "Ê pá, se calhar formávamos uma banda, não?" - Entusiasmados com a ideia, os portugueses, aceitaram logo a proposta. Andersen sugere um estilo pouco habitual por estas bandas, o Rock n' Roll. Viajado que era pelo mundo, eram os sons de Chuck Berry e os seus amigos americanos que o faziam tremer. Sem saber como ensinar este estilo aos pescadores, decidiu tentar a sorte com o típico, "é tipo Amália, só que não é". Com dois dedos de guitarra sai um verso sobre conduzir um Marlei (o equivalente ao Cadillac português na altura). Era mesmo aquilo que Andersen queria.

 Faltava apenas a bateria, que por coincidência veio com Andersen no seu iate. O problema, era que a bateria estava precisamente no fundo do mar. É aqui que entra o principal parceiro do trio. Manuel Augusto, um pinguim albino perito no resgate marítimo. Prontamente, este grupo improvável contactou a criatura. Augusto decidiu que ajudava os três homens, com uma condição. Teria que ser o manager da banda. Como toda a gente sabe que o pinguim é provavelmente o animal que mais percebe de negócios, os três companheiros aceitaram  de imediato. Duas semanas, um guindaste e uma bóia em forma de pato Donald, foi o custo para retirar o instrumento das profundezas do oceano. Na verdade eram apenas dois metros de profundidade. Havia era muitas algas. 

 Em dois meses, o grupo tinha dez canções. Guiados pelo Jazz, Blues e o Trítono, os êxitos estavam garantidos. Havia apenas um problema. O país vivia assolado pela ditadura e os ranchos folclóricos, para não falar da Igreja Católica que era pouco amiga dos sons do rock. Para começar era preciso dar um nome à banda, após alguma discussão foi escolhido: "Nós mais o gajo norueguês", isto porque o bacalhau da Dinamarca não é tão bom. De seguida foi necessário escolher cuidadosamente os locais onde divulgar a música. Foram contactados dois padres corruptos, que alugavam o centro paroquial a qualquer um, além disso, dois sacristães comunistas (se é que alguma vez se viu ironia) conseguiam o mesmo negócio. Estava garantida uma digressão, pelas seguintes terras, Freixo-de-Espada-à-Cinta, Lamego, Viseu e Alfafar. Como meio de divulgação, foi usada a rede de jornais clandestinos da oposição ao regime.

 A última entrada no diário foi feita, ao que parece, antes do concerto em Alfafar. Andersen escreve sobre a sua desconfiança sobre o senhor do café. Ao que parece não ficou convencido pelo seu bigode e suspeitava que era um "chibo" da PIDE. Não confundir com a associação de pescadores. Toda a gente sabe que a policia do Estado teve que mudar o nome para DGS (Direcção-Geral de Segurança) porque a associação piscatória era muito mais querida pelo povo. Sendo assim, podemos talvez presumir que o destino desta banda tenha sido ditado pelas politicas culturais impostas na altura. De qualquer forma, temos que agradecer ao duende Alfredo por ter recuperado uma página (ou várias) da História Portuguesa.

 

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por Nhex às 01:27