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"O Pinheiro de Akita" EP5

por Nhex, Terça-feira, 23.09.08

 Continuamos a seguir a viagem do navio de nome "Olé", onde Jorge e António e companhia, seguiam viagem pelo desconhecido.  Estavam agora tão avançados na viagem que não sabiam precisamente há quantos dias haviam partido (nem eles, nem eu). Sabiam sim a altura do dia em que se encontravam, era de manhã cedo, o sol mal se tinha levantado, toda a tripulação estava de pé, dos aventureiros apenas António estava já fora da cama, verificando mapas e manuscritos antigos. Todos sabiam que a costa de África já tinha passado à história, pois encontravam-se numa zona muito fria, mas sem terra à vista ninguém poderia adivinhar em que lado do planeta se encontravam. Jorge aparecia no convés e Garcia levantava-se do pequeno bote onde passa as noites. Os dois vão ter com António.

 -Bom dia camaradas, então António alguma ideia de onde estamos? È que hoje senti os meus calos congelados ali no bote.- Diz Garcia na brincadeira (ou talvez não).

 -Oh caro sargento, há camas desocupadas.- Diz Jorge em tom de gozo.

 -Pois bem, não faço a mínima ideia de onde podemos estar, mas uma coisa é certa, não é o paraíso pois não se vê ponta de terra por aqui, mas também não é o inferno porque está frio - diz António, e reforçando - Podemos bem estar numa região nunca antes visitada meus amigos.

 -MASTRO NO HORIZONTE! - Disse o vigia do navio.

 -TODOS ÀS SUAS POSIÇÕES DE COMBATE E AGRADECIA A TODOS OS OUTROS QUE SOUBEREM MANEJAR ARMAS SE PREPAREM PARA LUTAR TAMBÉM! - disse o capitão, de maneira a que todo o navio o pudesse ouvir.

 Rapidamente toda a gente, pegou nas suas armas, pois a "comitiva" que acompanhava os nossos 3 aventureiros, ia desde veteranos das guerras com Portugal, até assassinas de elite que trabalhavam para o rei Leandro III das Berlengas.

 Martha uma das 5 assassinas que estava no navio, era uma jovem inglesa que cedo tinha fugido de York para escapar à guarda real que a perseguia por roubo a monarcas, dirigiu-se ao capitão do navio.

 -Senhor, para tornar possível uma vitória rápida em caso de combate, peço um dos botes para mim e para as minhas companheiras. Com um sorriso convincente de quem sabia do que estava a falar e com um beijo na testa do capitão, Martha foi mais que convincente.

 -Mas é claro minha senhora, se é para transformar uma batalha numa rápida trovoada tem todo o meu apoio. Imediato, dispense um bote às senhoras quando a altura chegar.

 -Com certeza capitão.

 -FOGO VEJO FOGO NO HORIZONTE! - mais uma vez a alto e bom som o vigia se manifesta.

 Todos olham agora para o horizonte, um navio de formas estranhas ardia em pleno mar. Não tardaria até se aproximarem o suficiente ou demais, ninguém sabia o que poderia ser encontrado, um pequeno barco a flutuar, relembra os botes do navio. Um dos tripulantes avista pessoas na pequena embarcação.

 -PESSOAS, VEJO PESSOAS! - não era de facto um dia para se falar baixo.

 Com cordas e ganchos rapidamente içam a tripulação, ao espreitar lá para dentro encontram dois personagens de traços estranhos, um inconsciente mas a respirar, o outro parecia em pânico e falava um dialecto até agora desconhecido. Neste momento o capitão ordena que os dois sejam levados para a pequena sala do médico existente no navio. Alguns tripulantes foram ordenadas a tentarem controlar o pequeno incêndio.

 -Quando o fogo acabar quero 10 homens dentro desse navio em busca de qualquer coisa que diga onde estamos! - Ordenou o capitão

 -Capitão, já só faltam 9 - disse Garcia.

 -8! - Disse Jorge.

 -7! - finaliza António.

 -Pois bem meus senhores, quero mais 7 homens ali dentro!

 -Faça disso 6 e uma mulher! - disse uma das misteriosas mulheres, que pouco se havia pronunciado desde o ínicio da viagem.

 -Assim seja, vou dizer as coisas de outra maneira, quero mais 6 voluntários para ir ao navio desconhecido, sendo o líder da expedição, o senhor António irá ditar as ordens fora deste navio, agora tenho um diário de bordo para actualizar e dois convidados para tentar interrogar...

 

 

 

 Contínua...

 

 

Autoria:

Nhex

 

Equipa Técnica:

Redacção "Fumar Orégãos"

 

Produção:

Editor de texto do Sapo.Blogs

 

Nenhum animal foi aleijado durante a fazedura deste episódio.

 

 

 

"Não percam o próximo episódio, porque nós também não!" xD

 

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Todos os episódios de "O Pinheiro de Akita"

por Nhex, Terça-feira, 23.09.08
"O Pinheiro de Akita" EP1

 A nossa história remonta ao século XV ano de 1437 nas muralhas do castelo do rei rebelde das Berlengas, o Rei Leandro III. Mas não é o rei que nos interessa nesta história pelo menos por agora. Como foi dito é nas muralhas que está o interesse da história e não é num qualquer tijolo especial mas sim no jovem guerreiro Jorge Almeda (sim sem o "i"). Jorge é convocado pelo seu capitão, o capitão Guerra para apresentar o relatório da vigia nocturna, eram agora cerca das 4 da manhã no relógio de lua e a sua ronda terminava.

 -Almeda? Almeda? - chama o capitão pelo jovem - Almeda? Apresente-se homem!

 -Aqui capitão! - responde Jorge - Capitão algo se passa na fronteira sul da ilha 42!

 -Na ilha do clâ dos ursos tropicais???

 -Sim capitão algo parece estar a agitar os nossos aliados - nisto, ao longe, na dita fronteira um gigantesco "flash" é avistado - MAS QUE RAIO?! - Grita Jorge.

 -São os portugueses, Almeda faça soar o alarme. ÀS ARMAAAAAS!!

 Os factos eram estes, O reino das Berlengas estava em guerra com Portugal à tempo suficiente para que ninguém se lembra-se da paz. O conjunto de 90,5 ilhas que se situam junto da costa portuguesa. também se podem chamar de arquipélago de 90,5 ilhas, ou apenas Berlengas. Metade destas ilhas tinham sido ocupadas por Portugal e outra parte por animais inteligentes aliados ao reino das Berlengas. Sendo eles os maiores guerreiros que o mundo já conheceu. Os ursos tropicais, e os sábios mais sábios do reino mamífero, os pandas polares. Todos se bateram bem durante anos, Portugal só conseguiu conquistar as ilhas desertas...

 Os berlengueiros eram mestres da defesa de muralhas e guerra naval, os portugueses bebiam vinho e lutavam com espadas. Os animais eram astutos e por isso os portugueses nãos os encontravam, até agora...

 Do outro lado da pequena fronteira de água salgada a luta tornava-se intensa, até que finalmente, do castelo partiram soldados montados em cavalos e barcos a remos. Jorge era um deles e era nesta iminente batalha que o seu destino ficaria traçado para sempre.

 - Vamos rapazes, temos que chegar o quanto antes não podemos deixar estes portugueses invadirem território precioso - disse o sargento do grupo, o sargento de nome Garcia.

 Ao chegarem ao outro lado, o cenário é aterrador, milhares de portugueses contra os animais enraivecidos e corajosos, os berlengueiros apenas poderiam ajudar a montar defesas e a organizar as tropas aliadas. Quando tudo estava apostos alguém do lado dos lusitanos reparou nos ilhéus humanos.

 - À CARGAA! Disse o general.

 E lá partiram algumas centenas para combater a nova ameaça, mas os berlengueiros não baixaram os braços, tomaram posições defensivas e usaram a táctica 4-3-3 para esperar pelo iminente ataque.

 - Coragem rapazes, eles são mais mas nós... Coragem rapazes! - dizia Garcia quase que engasgado.

 -Não tenham medo, usem bem a vossa espada e lembrem-se do nosso povo, pois se nos formos aqui hoje... - disse um soldado anónimo.

 Um veterano que estava na ponta do grupo disse - Quem aqui sobreviver que continue os meus estudos sobre o "Pinheiro de Akita" - parecendo que adivinhava o seu destino.

 Com a cavalaria portuguesa cada vez mais próxima as palavras deste sábio soldado ficaram na cabeça do jovem guerreiro. Mas era tarde para meditar sobre o assunto, chegavam os portugueses...

 

 

"O Pinheiro de Akita" EP2

...Começava uma pequena batalha no meio de uma maior, era entre portugueses e berlengueiros, Jorge Almeda o personagem que é o centro da nossa história encontra-se algures no meio da confusão lutando com os seus camaradas contra o povo invasor. A cavalaria portuguesa sucumbia às lanças e destreza do pequeno grupo de soldados ilhéus.

 -Reagrupem depressa, antes que eles ataquem os flancos e nos separem um a um. RÁPIDO! - dizia Garcia aos seus soldados.

 -Sargento atenç... - António, o veterano soldado que disse as palavras que ficaram na cabeça de Jorge, tropeçava e caía numa abertura que apareceu subitamente no chão. Jorge temendo o pior, correu no meio da escaramuça entre o fumo e os rabos dos cavalos para o local de onde veio a voz, apenas para perceber que António estava mais seguro que o resto do grupo. Garcia vendo por uma fracção de espaço reparou na abertura e vendo que pouco ou nada poderiam fazer naquelas condições ordenou que os soldados retirassem para o buraco - Vamos rapazes para a abertura antes que acabem com todos nós! - todos se apressaram para a abertura. Lá dentro todos respiraram profundamente. Agora com espaço para planear nova estratégia e para recuperar forças a moral dos soldados aumentava, até que Garcia chamou por três nomes dos quais não teve resposta - Jonas? Manuel? Emilio? - um silêmcio aterrador esbateu-se sobre todos. Já combatiam juntos à uns bons anos. Após delinearem um novo plano todos saem da "toca" para mais uma luta. Ao saírem repararam que os portugueses se retiravam a fugir das feras que os combatiam do outro lado, eram eles os ursos tropicais e os pandas polares ajudados pelas batatas voadoras (voadorium batatis). A luta não ficaria por ali cabendo à frota das Berlengas terminar o trabalho. No final as baixas foram tantas que os portugueses não teriam exército para atacar fosse quem fosse por um bom tempo. Quando tudo estava seguro, os líderes das lendárias feras dirigriram-se à pequena força berlengueira para agradecer o apoio que deram para que pudessem ganhar tempo e repelir os portugueses. António dirigiu a palavra para um sábio panda polar, que lhe deu um manuscrito de modo discreto mas que não fugiu à visão astuta de Jorge que estava mesmo ao lado dos dois (escassos 2 cm).

 Todos regressaram ao castelo, ninguém foi deixado para trás. À entrada foram recebidos como heróis. Os heróis apenas queriam um descanso merecido que iriam receber dali a momentos, mas antes ouviram um enviado do rei. - Nobres soldados, hoje bateram-se com coragem no meio de tamanha força enviada para nos conquistar, com a ajuda de nossos aliados sacudiram a invasão e por isso o nosso rei. O rei Leandro III irá receber-vos no palácio no final da semana!

 Todos desgastados e em baixo pela perda de 3 companheiros, o grupo encontra-se agora na área de descanso do quartel, preparando-se para ir a uma estadia em casa, Jorge dirigi-se a António. - António reparei no que disseste antes de os portugueses nos cairem em cima. O que é o pinheiro de Akita?

 - Meu rapaz, senta-te vou-te contar a história que penso ser verdade. Há rumores que existe um caminho maritimo para as índias, e que se continuarmos por esse caminho encontraremos uma terra lendária. Não consigo descobrir o nome, mas sei que existe, não, tenho a certeza! - Dizia António com toda a sua convicção - Enquanto aqui estive no meu serviço militar descobri mais coisas sobre tal terra, e a que me ficou na cabeça foi a lenda do pinheiro de Akita, conta esta lenda que o pinheiro perdoa as dívidas de toda a gente.

 - António tal coisa não pode existir!

 - Talvez tenhas razão, mas não tarda estou a rerformar-me e vou reunir um grupo de marinheiros e partiremos para o fim do mundo se tiver que ser. O dinheiro que devo faz com que a minha família viva sempre em apuros. Por isso disse aquilo que todos ouviram na batalha.

 -Mas foi algo de vago!

 -E no entanto ficou-te na cabeça mesmo depois de uma luta daquelas certo?

 -Tens razão! - disse Jorge surpreendido.

 - Tive uma ideia! - referiu António - E se apresentassemos no final da semana, toda a minha pesquisa ao rei? Ele é na verdade, um fanático e quem sabe se não nos ouvirá atentamente?

 -Tens razão António devemos fazer isso.

 -Sim rapaz mas ainda não sei tudo sobre esta história apenas encontrei em vários manuscritos a referência ao pinheiro que paga as dívidas e nada mais...

 Os recém amigos saudaram-se e partiram para as suas respectivas casas onde mulheres e filhos os esperavam. Era altura do merecido descanso...

 

"O Pinheiro de Akita" EP3

 A Batalha da LInha Salgada foi como ficou conhecida a batalha na qual berlengueiros e animais fizeram face aos portugueses. Esta aliança invulgar deu frutos, acabando por derrotar o exército e a marinha portuguesa. Eram tempos de guerra, e eram tempos duros, mas era com isso que o povo berlengeiro vivia e por isso não era razão suficiente para que não houvessem momentos de festa. A condecoração de heróis não era excepção. Em momentos como este todas as cidades dentro das suas muralhas eram invadidas por alegria. Os heróis eram eles os soldados do pequeno exército do reino das Berlengas que enfrentou os portugueses. Entre eles estavam Jorge Almeda o nosso personagem, António o veterano soldado e o sargento Garcia. Iam-se encontrar com o rei Leandro III conhecido como "O Lunático". Conta a história que o rei escreveu o primeiro livro de culinária, e també inventou o primeiro kit de culinária para amadores, mas isso é outra história.

 O rei ia condecorar os heróis, Jorge e António decidiram-se em apresentar ao rei a sua ideia de que longe no oceano existia numa terra um pinheiro que pagava as dívidas das pessoas. Para tal só tinham que acertar na dose certa de cerveja e vinho para que o rei lhes desse o apoio. Metade do trabalho estava então feito, pois o rei era também conhecido por beber apenas cerveja. Começou a cerimónia...(parte aborrecida em que são oferecidas medalhas e bolos de arroz)... Acaba a cerimónia, todos se dirigem para o banquete. O rei já depois de uma boa dose de cerveja ergue a sua caneca e começa o seu discurso, deste discurso convém apenas referir o seu momento alto que foi: "Dou por terminado este discurso!".

 Dirigem-se todos para uma sala gigante, uma espécie de biblioteca, o rei está presente e os dois soldados iludem os guardas e aproximam-se do rei - Sua Majestade? - diz António - Diga soldado! - responde o rei - Vendo que o rei não era nenhum tirano António e Jorge sentem-se mais à vontade e é aí que disparam - Temos uma proposta para si! - quase que em coro. - Eu gosto de propostas, algo de arriscado suspeito! - Algo que nunca ninguém tentou - Têm a minha atenção. Os dois explicam-se ao rei, que faz mandar recuar a sua guarda que se aproximava por traz dos dois soldados.

 -  Basta! - diz o rei em tom sério. António leva as mãos à cabeça como quem pensa o pior.

 - Daqui a três dias terão um barco com um capitão e uma tripulação ao vosso comando, reunam 20 homens ou 20 mulheres ou 10 de cada lado como quiserem. Esses serão os vossos companheiros na viagem.

 Os dois olham um para o outro e nem se acreditam, estavam prestes a entrar na aventura das suas vidas.

 

"O Pinheiro de Akita" EP4

O grande dia para Jorge e António chegou, como prometido um navio com uma tripulação e mantimentos os aguradava. Uma grande questão ficava por responder. Quem levar para a viagem, ou seja quem seriam os 20 eleitos para os acompanhar? Foi fácil 15 deles eram os soldados que batalharam com eles naquela fatídica batalha contra os portugueses. mas quem seriam os outros 15. 5 misteriosas mulheres descem o cais e dirigem-se para os líderes.

 -Gostariamos de vos acompanhar - disse uma delas - Certamente necessitaram da nossa especialidade.

 -Minhas senhoras não acham que 5 mulheres num barco cheio de marinheiros poderá ser perigoso? -disse António.

 -Apenas perigoso para eles, pertencemos ao clã de assassinos do rei. Ainda acham que não somos precisas? - disse outra.

 -Posto dessa maneira espero que não se enjoem no mar - disse Jorge.

 -Estás louco?? elas podem ser uma maldição - diz uma voz conhecida, era precisamente o sargento Garcia.

 -Claro que estou, não estamos todos? Vamos sei lá bem parar aonde.

 -Aonde é melhor que nenhum lugar, com elas é para aí que vamos mesmo - diz Garcia indignado.

 -Vamos aonde? - diz António.

 -Para nenhum lugar - diz Garcia em tom confuso.

 -Oh homem afinal aonde é nada e nada é aonde? - diz Jorge.

 -Parem com os enigmas pronto elas que subam mas eu vou sempre num dos botes mais pequenos apenas para o caso.

 As 5 senhoras entram no navio debaixo das suas capas negras. Todos olham com mistério, todos menos António que sabia que a especialidade das 5 os iria ajudar em muito a eliminar obstáculos. Era neste preciso momento, o momento em que estiverem a ler isto, que o navio zarpava. Todas as provisões estavam no sítio as armas bem calibradas e a cerveja bem fresca no frigo... nos barris.

 À hora do jantar, todos se sentam na enorme mesa do enorme navio (agora esqueci-me de algo importante mas vou fazer de conta e disfarçar) de nome Olé, sim o nome foi dado pelo rei Leandro III, também conhecido por "O Bêb...",  nome este foi para honrar o  seu cavalo preferido que se chamava "Alfredo". "Olé" segundo o rei era "Alfredo" em latim. Mas voltando ao jantar, agora estavam todos na "janta", a "comere e bubere" e a conversar é claro, o capitão um homem bastante sério falava com António e Jorge para definirem a rota a seguir, os 3 concordaram que acompanhar a costa Africana talvez desse frutos, e seria assim que o iriam fazer...

 Depois do jantar, todos se dirigiram para os seus "aposentos". Alguns marinheiros e alguns guardas ficaram na "vigia nocturna". Vigia esta que consistia em jogos de cartas, lutas de galos e coisas assim do género. Seria assim durante 5 dias até António e Jorge decidirem que iriam participar nas vigias.

 Certa noite, enquanto rondavam o barco, falavam sobre como seria a terra misteriosa, a qual teria o pinheiro que pagaria as dívidas. Ao mesmo tempo que sonhavam pensavam nas famílias deixadas para trás. Alguém sobe ao convés e dizlhes.

 -Meus senhores a partir deste momento entramos no desconhecido, quero atenção nas rondas nocturnas, ninguém sabe o que poderá acontecer a partir de agora. - Era o capitão, a sua face impunha respeito a todos, eles sabiam que teriam que deixar a brincadeira e começar a trabalhar, mais tarde ou mais cedo iriam usar as suas espadas, os canhões do navio e toda a sorte que tivessem.

 

                                                            Contínua...

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por Nhex às 01:14

Entrevista a dois actores da peça "O Quiosque".

por Nhex, Terça-feira, 02.09.08

Ora portanto eu sei que a peça estreou à uns valentes meses... Mas na mesma, decidi publicar esta entrevista há muito esperada... As duas vitim... pessoas que aceitaram fazer esta anedo... entrevista são nada mais nada menos que André (ok tenho que ir ver qual é o último nome dele só um momento...) Neiva e Bruna (pois o mesmo problema mas penso que seja) Nunes.

 Os seus papeis foram precisamente de Árvore falante e Pedra calada, estou a brincar vá "ahaha!". Falando a sério, os seus papeis foram de Padre e de Lili.

 O desafio foi simples cada um teria que responder a uma pergunta direccionada para as suas personagens e ambos teriam que responder a uma pergunta geral, podem a partir de agora ler os resultados:

 

 

 André: O Padre (como seria de esperar...)

 

 P: Achas que te assenta bem a batina?

 R: "Ora eu devido a conflitos graves com os meus peluches aquando ainda era uma criança, fiquei com a sensação que faltava justiça no mundo. Isto porque bastou meter os peluches na lareira para que o conflito acabasse. Foi aí mais ou menos que reparei que havia muita injustiça no mundo. Daí parti numa epopeia para encontrar o meu "eu" interior e a justiça que faltava, dali a cinco dias estava farto de estar na cama e desisti da epopeia.

 Como já deu para reparar não é essa a resposta, queria só partilhar algo pessoal, para dar a resposta a essa pergunta terei que recorrer a uma coisa que Immanuel Kant disse, que foi,

 "Só a crítica pode cortar pela raiz o materialismo, o fatalismo, o ateísmo, a incredulidade dos espíritos fortes, o fanatismo e a superstição, que se podem tornar nocivos a todos e, por último, também o idealismo e o cepticismo, que são sobretudo perigosos para as escolas e dificilmente se propagam no público". Por isso é que a batina não me assentava bem, a resposta é "não", devido ao materialismo e ao fatalismo, o material era bom mas devido a uma fatalidade a batina era demasiado curta para me servir."

 

 

 Antes de publicar a próxima pergunta, fiquem a saber caros leitores que há uma cena da peça em que a personagem Lili agride acidentalmente uma outra personagem com uma vassoura...

 

 Bruna: Lili (não ia ser o padre como é claro...)

 

 P: Sempre tiveste jeito para vassouradas?

 R:"Hmm... essa é uma pergunta mesquinha. Eu tive uma infância atribulada por dois minutos, houve uma vez que se esqueceram de mim na dispensa, no meio da escuridão eu pedi ajuda e foi o meu gato Mustafa que me foi lá salvar. Dei-lhe uma Bolacha Maria e quando ia a fechar a porta, reparei num objecto de madeira com uma espécie de escova numa das extremidades, peguei naquilo e fui perguntar à minha mãe de que se tratava, e ela lá me disse que era uma vassoura e para o que servia, no meio disto disse também que se batia com a vassoura a meninas mal comportadas, e então perguntei-lhe porquê que se tinha esquecido de mim na dispensa, e ela disse "Ai minha filha foi sem querer!". Mas pelo sim pelo não dei-lhe uma vassourada e disse "Que não volte a acontecer!".

 Foi aí que descobri o meu dom para representar. Obti os meus primeiros papeis na escola primária, obti muitos sendo que os mais marcantes foram os de Pai Natal, papel esse que representei no musical "Onde param as meias?" e o papel de Coelho da Páscoa no drama "Onde param os ovos?". Por isso penso que tenho jeito para vassouradas sim."

 

 A próxima pergunta foi feita a ambos.

 

 Bruna e André: já os apresentei.

 

 P:Porquê o teatro?

 

 R(André): Bem o teatro é algo em que posso imaginar ser algo que não sou, e com sorte posso ir fazer novelas para a TVI ou para o México. Basicamente é por isso que gosto de teatro.

 

 R(Bruna): Porque sim. Vá estou a brincar, o teatro faz parte de mim. Estou a ver se entro na nova temporada de House e de CSI: Rio de Janeiro.

 

 

      
 

             

 À esquerda Bruna a encarnar Lili e na direita André a representar o Padre.

 

 

Fim

 

Ficha técnica:

 

Autoria:

Nhex

 

Equipa Técnica:

Redacção "Fumar Orégãos"

 

Produção:

Editor de texto do Sapo.Blogs

 

Agradecimentos especiais:

André Neiva e Bruna Nunes.

 

 

 

 

"Não percam o próximo post, porque nós também não!" xD

 

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