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Uma equipa composta por um duende, um pombo correio e um ser humano. Juntos tentamos distorcer todo um Universo, com resultados desastrosos para a inteligência humana, ou talvez não.
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Lembram-se daquele programa que dava na televisão, o "Ponto de Encontro"? Ainda bem que se lembram, mas, não é disso que vamos falar. E agora pensam vocês: "Ah, este anormal vai falar sobre aquele programa da ilha". Não, este anormal, vai fazer uma pequena referência a esse programa televisivo. Aquele em que alguns americanos eram atirados para o meio de uma ilha. Ilha essa, que ainda hoje, suponho que seja algures perto das Berlengas. Eu sou português e como tal apetece-me contar a lendária batalha pela sobrevivência das nossas batatas. Isto não são umas batatinhas quaisquer. Estou a falar de batatas do mais alto gabarito gastronómico. Eu diria quase, que, a batata portuguesa que nos chega à mesa é uma batata de caça.
O ano é 1986 e Portugal adere à União Europeia. Mundos e Fundos começam a "inundar" os nossos cofres. Uma das áreas alvo destes programas é a Agricultura. O dinheiro é então distribuído pelos produtores. Mas há um problema. Uma grande parte destes produtores decide que este dinheiro não vai ser usado no desenvolvimento da sua actividade, mas sim, na compra de bens pessoais. Portanto, se calhar estou a exagerar, se calhar não. Eu não percebo nada do assunto. Sou um simples "blogonauta" e o que conheço do mundo é-me ditado da Internet por um duende chamado Alfredo. O que não deixa de fazer sentido é que o custo de produção seja mais alto, através de técnicas antigas. O que quero dizer com isto, é que, por exemplo, em Espanha as batatinhas são bem tratadas porque o investimento certo foi feito na altura. Isto faz com que o custo de produção seja mais baixo e por isso o custo de venda seja mais baixo também. Ora, em Portugal não. Como temos muitos casos de uso de técnicas antigas (suponho eu) a nossa batata acaba por custar mais a produzir e a ter um custo de venda mais alto. Ora, não nos podemos queixar. Isto são batatas que aguentaram condições extremas e é aí que surge a história de hoje.
Num campo com enumeras batatas, apenas algumas sobrevivem. Usando os mais variados recursos. Desde pedras, a toupeiras mercenárias, passando pelas falsas acusações de bataticídio. A batata portuguesa é um perfeito exemplo da "lei do mais forte". Toda a gota de água é importante em tempos de seca. A absorção de nutrientes por recurso a actos de canibalismo batatal são recorrentes. Já alguma vez ouviram uma batata a gritar? Claro que não, elas são tão fortes assim. O guerreiro perfeito, que se fosse um ser mais avançado dominava facilmente o mundo.
Isto é uma batata antes de ser preparada para venda.